voando sobre um ninho de...

5 de junho. talvez faça sentido começar a viagem no dia mundial do ambiente, meti na cabeça que vou numa busca da terra, das raízes, da natureza e das pegadas que me levam de novo até mim. mas o que é isso do outro? 'somos o que vemos' por isso quero ser tudo o que puder ser enquanto tiver fôlego e o planeta continuar a deixar-me vaguear por entre os seus poros mais sensíveis.

quando viajamos de avião, parece que se abre uma porta das traseiras do tempo (ou aquele cubiculo mágico do scoop do woody allen), ganhamos horas enquanto as nossas pernas parecem derreter, noites andam de pijama o dia todo, salas de espera esvoaçantes em insónias colectivas com lugar marcado. é uma espécie de vácuo de confusão consentida entre almofadas descartáveis, corpos entorpecidos, imitações comestíveis - a tap está lhe a dar pro gourmet ;) - e ouvidos a curtir a adrenalida de estar tão perto do sol que até estala.