Dia de sol! Passei a manha toda a brozear e a ler Kafka (serà sensato ler um livro tao rocambolesco como a Metamorfose no meio do reinos dos insectos? Antes de saber a resposta ja tinha lido o livro todo!) Um livro num dia, upa upa. Està-se bem na praia, vou-me entretendo a saborear o cha, enquanto a Vanda e o Pramod tomam banho. Tantas borboletas que ha aqui! E o sol reflectido na agua. Ouro a brilhar nesse horizonte liquefeito que flutua aos meus pès.
Mas o crepusculo tras nova cerimonia. Todos pedimos para beber um copo menos cheio desta vez. Assim feito, a noite foi mt calminha, nao tive efeitos nenhuns, mas por preguica, respeito e por aquilo saber tao mal, nao tomei uma segunda dose. Melhor assim. Fiquei sempre com os olhos abertos e segui a musica. Realmente havia musica, e como o Artur toca e canta bem! Viola, flauta, sarango, reco-reco (eheh) e outros instrumentos de corda que nao sei nomear.
Senti mt as energias feminina e masculina da roda. Feminina do meu lado dto – mais calma e em paz, com suspiros suaves e inspiracoes relaxadas (eu, a Vanda, a Bianca e a Teresa do meu lado; a Rya, a Nadine, a Ana, a Marta e a Catarina em frente). Do outro lado estava a energia masculina, mais forte mas tb mais descoordenada, de onde vinha a musica mas tb as convulsoes (Kalid, Paulo, Pramod, Artur e D. Jose). Sentimentos muito positivos vieram à minha cabeca. Tudo fazia parte, tudo estava junto neste barco de amor. Os vomitos que se ouviam aqui e ali estavam como que cadenciados com o tanger das guitarras. È estranho de explicar, mas os ruidos dos vomitos ocasionais eram bonitos, eram sons da terra, sons de dentro. Soavam como parte importante da cerimonia e, jà no escuro, eu podia imaginar esse jorrar que vinha das entranhas como fontes circulares tipo em forma de arco-iris e com cores que se compassavam com a musica. Ao longo da noite, a Rya e a Nadine cantaram e foi mt bonito.
Ao inicio da cerimonia, quando ficou mt escuro, senti-me sozinha. Mais perto de mim estavam todos dormitando, recostados e quase deitados nas almofadas, e a noite parecia que me ia engolir. Pus a garrafa de agua, que tinha tido uma importancia enorme ha duas noites atras, entre as minhas pernas, para nao a “perder de vista” e senti-me segura. Posicao confortavel, bem sentada com as pernas flectidas e as maos entrelacadas no meio.
Estava tao cansada (quando nao ha electricidade, o nosso corpo deduz que a noite è para se dormir, entao è um esforco mt maior ficar acordado atè ao final das cerimonias) que me deixei ficar no “mundo terreno”. Pensei mt no pai e na mae, na Margarida, no Joao e na avò. Que saudades de todos eles :) Depois a cara do Andrè apareceu em grande à minha frente, pq (com o sono e a vontade crescente de dormir) estava a pensar: qual è a cama mais confortavel onde ja dormi atè hoje? E sem duvida que foi aquela, do nono andar da Portela, e que bons sonhos vivi là com ele a meu lado. Percorri todos os pormenores da cara dele e vi como o Andrè è lindo e como o amava e estava cheia de saudades. E senti-me mt bem comigo mesma.
Desta vez, estive sempre desperta e segui a musica que iam tocando e cantando na roda. Senti-a como se estivesse dentro dos acordes e a noite estava iluminada de cores e flores. Desenhos geometricos aqui e ali, que se iam desfocando quando fechava os olhos, quase a dormir.
Terminou a cerimonia e acendou-se uma velinha, todos estavam tao mais perto do que parecia ao inicio! Inundados por uma onda de bem estar, quisemos ficar todos ali. Pq tinhamos todos sono e estavamos mais fracos com a miudeza da comida, fomo-nos recostando nas almofadas e alguem me emprestou uma manta! Passada meia hora, depois de falarmos uns com os outros (a Rya e o Salid veem sempre ao pè de todos ver como estamos e partilhar abracos) todos juntos, todos parte do Universo, calmamente caminhàmos atè ès nossas casas, que estavam tao perto :) Dei um forte abraco à Rya, à Nadine e ao Kalid. Boa noite!
Conclusao: O que é a vida?
Esta cerimonia já foi mais calma e doce. Senti mt o meu corpo, como era forte e uno com o circulo e com a floresta. Ines parte do todo. Senti as energias feminina e masculina no seu equilibrio. Vi cores e flores harmoniosas a dancar com o tanger das cordas e das vozes, mas os efeitos visuais foram significativamente menores.
Muito amor. Pensei no pai, na mae, na marga, no joao, na avó. Como gosto tanto deles e sao importantes para mim. A cara do André apareceu grande à minha frente e vi como ele é bonito e como o amo tanto ainda. O meu tempo de luto acabou! Foi óptimo conhecermo-nos e partilharmos momentos irrepetíveis juntos. Fizemos o melhor que pudémos e o que importa é o amor. Quando voltar vou telefonar-lhe e vamos poder ser amigos ;) perdoo-me a mim e a ele e orgullo-me do que passámos juntos. E, entre cruzamentos, atalhos e pedras no caminho, è por ele que eu estou cá. Foi o André, a maneira como senti o nosso amor e a altura em que nos conhecemos, que me abriu o caminho para a espiritualidade. A vida é amor e eu sou muito abencoada.
A parte essencial que trabalhei do meu corpo foi o coracao, e as respiracoes foram mais calmas e longas.
Mas o crepusculo tras nova cerimonia. Todos pedimos para beber um copo menos cheio desta vez. Assim feito, a noite foi mt calminha, nao tive efeitos nenhuns, mas por preguica, respeito e por aquilo saber tao mal, nao tomei uma segunda dose. Melhor assim. Fiquei sempre com os olhos abertos e segui a musica. Realmente havia musica, e como o Artur toca e canta bem! Viola, flauta, sarango, reco-reco (eheh) e outros instrumentos de corda que nao sei nomear.
Senti mt as energias feminina e masculina da roda. Feminina do meu lado dto – mais calma e em paz, com suspiros suaves e inspiracoes relaxadas (eu, a Vanda, a Bianca e a Teresa do meu lado; a Rya, a Nadine, a Ana, a Marta e a Catarina em frente). Do outro lado estava a energia masculina, mais forte mas tb mais descoordenada, de onde vinha a musica mas tb as convulsoes (Kalid, Paulo, Pramod, Artur e D. Jose). Sentimentos muito positivos vieram à minha cabeca. Tudo fazia parte, tudo estava junto neste barco de amor. Os vomitos que se ouviam aqui e ali estavam como que cadenciados com o tanger das guitarras. È estranho de explicar, mas os ruidos dos vomitos ocasionais eram bonitos, eram sons da terra, sons de dentro. Soavam como parte importante da cerimonia e, jà no escuro, eu podia imaginar esse jorrar que vinha das entranhas como fontes circulares tipo em forma de arco-iris e com cores que se compassavam com a musica. Ao longo da noite, a Rya e a Nadine cantaram e foi mt bonito.
Ao inicio da cerimonia, quando ficou mt escuro, senti-me sozinha. Mais perto de mim estavam todos dormitando, recostados e quase deitados nas almofadas, e a noite parecia que me ia engolir. Pus a garrafa de agua, que tinha tido uma importancia enorme ha duas noites atras, entre as minhas pernas, para nao a “perder de vista” e senti-me segura. Posicao confortavel, bem sentada com as pernas flectidas e as maos entrelacadas no meio.
Estava tao cansada (quando nao ha electricidade, o nosso corpo deduz que a noite è para se dormir, entao è um esforco mt maior ficar acordado atè ao final das cerimonias) que me deixei ficar no “mundo terreno”. Pensei mt no pai e na mae, na Margarida, no Joao e na avò. Que saudades de todos eles :) Depois a cara do Andrè apareceu em grande à minha frente, pq (com o sono e a vontade crescente de dormir) estava a pensar: qual è a cama mais confortavel onde ja dormi atè hoje? E sem duvida que foi aquela, do nono andar da Portela, e que bons sonhos vivi là com ele a meu lado. Percorri todos os pormenores da cara dele e vi como o Andrè è lindo e como o amava e estava cheia de saudades. E senti-me mt bem comigo mesma.
Desta vez, estive sempre desperta e segui a musica que iam tocando e cantando na roda. Senti-a como se estivesse dentro dos acordes e a noite estava iluminada de cores e flores. Desenhos geometricos aqui e ali, que se iam desfocando quando fechava os olhos, quase a dormir.
Terminou a cerimonia e acendou-se uma velinha, todos estavam tao mais perto do que parecia ao inicio! Inundados por uma onda de bem estar, quisemos ficar todos ali. Pq tinhamos todos sono e estavamos mais fracos com a miudeza da comida, fomo-nos recostando nas almofadas e alguem me emprestou uma manta! Passada meia hora, depois de falarmos uns com os outros (a Rya e o Salid veem sempre ao pè de todos ver como estamos e partilhar abracos) todos juntos, todos parte do Universo, calmamente caminhàmos atè ès nossas casas, que estavam tao perto :) Dei um forte abraco à Rya, à Nadine e ao Kalid. Boa noite!
Conclusao: O que é a vida?
Esta cerimonia já foi mais calma e doce. Senti mt o meu corpo, como era forte e uno com o circulo e com a floresta. Ines parte do todo. Senti as energias feminina e masculina no seu equilibrio. Vi cores e flores harmoniosas a dancar com o tanger das cordas e das vozes, mas os efeitos visuais foram significativamente menores.
Muito amor. Pensei no pai, na mae, na marga, no joao, na avó. Como gosto tanto deles e sao importantes para mim. A cara do André apareceu grande à minha frente e vi como ele é bonito e como o amo tanto ainda. O meu tempo de luto acabou! Foi óptimo conhecermo-nos e partilharmos momentos irrepetíveis juntos. Fizemos o melhor que pudémos e o que importa é o amor. Quando voltar vou telefonar-lhe e vamos poder ser amigos ;) perdoo-me a mim e a ele e orgullo-me do que passámos juntos. E, entre cruzamentos, atalhos e pedras no caminho, è por ele que eu estou cá. Foi o André, a maneira como senti o nosso amor e a altura em que nos conhecemos, que me abriu o caminho para a espiritualidade. A vida é amor e eu sou muito abencoada.
A parte essencial que trabalhei do meu corpo foi o coracao, e as respiracoes foram mais calmas e longas.
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